Famílias do Acampamento Índio Galdino resgatam estilo de vida natural enquanto produzem alimentos saudáveis em Aracruz
Atualmente 71 famílias vivem no Acampamento Índio Galdino, localizado na região do Córrego Bom Jesus, distrito de Jacupemba, em Aracruz. São mais de 200 pessoas habitando e cuidando do território – uma área da Suzano na qual a posse definitiva para a comunidade está sendo articulada com o Governo do Estado.
A população chegou ao local em 2016. Elas moram em casas de lona, de barro e poucas são de alvenaria. São famílias agricultoras. O elo entre elas se forma pelo desejo de resgatar um estilo de vida mais próximo da natureza, ao mesmo tempo que se produz alimentos sem agrotóxicos ou então com uso reduzido deles.
A presidente da Associação de Produção, Comercialização e Prestação de Serviços aos Agricultores da Reforma Agrária, disse que o desejo da comunidade é resgatar a vida e a história do lugar. Exemplo disso é a Capela do Bom Jesus, uma construção de 1.962 restaurada pelos moradores, que hoje realizam missas mensais e reza aos domingos.
Jocimara Batista de Souza explica que a preservação de recursos naturais também é uma das missões do Acampamento Índio Galdino. “Nós cuidamos da natureza, como a água e as áreas de preservação. Trabalhamos pela reconstrução de locais onde existem nascentes. A alimentação saudável faz parte do estilo de vida das pessoas daqui”, disse ela.
Acampamento produtivo
Chirlei Matias dos Santos vive com os filhos e o marido na casa de barro recém-construída. Logo em frente eles trabalham na lavoura. Hortaliças, como alface, couve, repolho, além de mandioca, limão, cenoura, beterraba, pimentão, pimenta e abóbora, são produzidas sem agrotóxicos. “Os alimentos sem veneno são melhores para a saúde, e são alimentos bastante consumidos pelas pessoas. A gente consome, mas também vendemos em uma barraquinha aqui próximo, e a cada quinze dias alguns alimentos são levados para Vitória”, disse ela.
Já Romildo Biancardi, de 55 anos, e a esposa, dona Socorro, fizeram juntos um sistema agroflorestal. Cacau em meio aos pés de banana e coqueiros que estão em fase de crescimento. Couve, café, maracujá, abacaxi, uma extensa plantação de mandioca e até plantas medicinais deixaram o lugar mais verde. “A gente tenta aproveitar tudo e utilizar como adubo. Precisamos fazer floresta para não deixar acabar”, disse Romildo enquanto caminhava pela roça.
Compartilhe essa notícia:
Últimas notícias
- Dia do Católico: Prefeitura de Aracruz traz o show “Colo de Deus” para celebrar a data
- Planejamento dá início ao ciclo do Orçamento Cidadão e já reuniu mais de 100 participantes nas primeiras audiências
- Prefeitura realiza Consulta Pública do Diagnóstico - Plano de Gestão Integrada
- Qualifica Aracruz abre inscrições para novos cursos gratuitos em parceria com o Qualificar ES
- Pedagoga da Emef indígena Ybyrapytanga lança o livro “Kûatîarupema – Uma antologia Tupinikim”
- 2º Encontro Formativo do Ade Piraquê-Açú discute os avanços e desafios na implementação das estratégicas do arranjo focadas nos anos finais do ensino fundamental
- Meio Ambiente incentiva adoção responsável e cuidados com o bem-estar animal
- Cronograma de limpeza urbana se intensifica no município
- Inscrições abertas para a XII Conferência Municipal de Saúde
- Aracruz obtém Nota A+ em Capacidade de Pagamento do Tesouro Nacional e consolida posição de destaque em gestão fiscal