Prefeitura de Aracruz presta grande homenagem ao Dia da Consciência Negra
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A prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura (Semtur), como forma de homenagear o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no último sábado (20), promoveu na noite de sexta-feira (19), no plenário da Câmara Municipal, uma grande ação com várias apresentações voltadas ao público. O evento contou com as presenças do secretário de Turismo e Cultura, Moisés Mercier, do prefeito Dr. Coutinho, vereadores e lideranças comunitárias.
Moisés abriu o evento explicando o motivo da prefeitura celebrar esta data tão importante para todo o país. “Estamos aqui para celebrar um dia mais do que especial, o Dia da Consciência Negra. Ele foi instaurado e oficializado em 2011 pela Lei Federal 12.519, em homenagem à data de falecimento de Zumbi dos Palmares, que entrou para a história há quase 400 anos. Por isso, nada mais justo do que celebrar numa casa de leis a riqueza, a beleza e a cultura de um povo que já foi escravizado com a conivência de legisladores de outros tempos. Que as próximas gerações daqueles que fazem nossas leis tenham esta lembrança e estes sentimentos vivos em suas mentes e corações, para que injustiças como essas permaneçam apenas como um triste capítulo da nossa história, e que nunca mais sejam repetidas ou ignoradas”, enfatizou.
Em seguida o público pôde acompanhar a exibição do filme "A coisa tá preta", do filósofo e cineasta Gabriel Filipe, produzido com recursos da Lei Aldir Blanc, criada de maneira emergencial para fomentar a cultura nos municípios em meio à pandemia. O filme apresenta as raízes do racismo no Brasil e a construção da cidadania do negro na sociedade, partindo de relatos atuais e históricos de dor, autoaceitação e resistência.
Após a exibição do filme, a vereadora Adriana Guimarães, autora do projeto que deu origem à Lei Municipal 4401/2021, que instituiu a Semana Municipal de Promoção da Igualdade Racial em Aracruz, falou aos presentes. “Quero reforçar a importância da luta contra as manifestações de preconceito e racismo ainda existentes em todo Brasil, um país continental e de riqueza cultural inigualável, onde o racismo se apresenta de forma sorrateira e profundamente cruel, antirreligiosa e desumana. Todos os dias, a nossa população negra é vítima da profunda desigualdade racial gerada em mais de três séculos. A discriminação afronta o preceito constitucional da inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício, na forma da lei, a proteção aos locais culturais”, destacou.
E como símbolo de luta e resistência negra, que está na raiz da cultura brasileira, o plenário da Câmara recebeu uma bela apresentação de uma roda de capoeira. Alunos da Associação Cultural Esportiva e Social 100% Capoeira, capitaneado pelo líder comunitário e mestre Geraldo Máscara, cheios de ginga, e aos sons de berimbaus e tambores, deram uma bela apresentação dessa arte marcial trazida da África ainda no século XVI.
O prefeito Dr. Coutinho, muito emocionado, lembrou de sua mãe que era negra, e que sempre o pedia para perdoar aqueles que discriminavam a cor da pele. “Esta é uma data que não deveria nem existir, mas infelizmente existe em função desse terrível preconceito. Acho um absurdo e muito triste, pois todos nós somos seres humanos, independente da cor. Minha mãe que era negra sempre me falava que a alma não tem cor e que devemos amar indistintamente as pessoas e abraçá-las. A frase ‘Perdoai ó pai porque eles não sabem’ o que fazem, ilustra bastante isso, porque somos todos iguais perante Deus”, ressaltou.
Apresentação de bandas de Congo
Na sequência foi um momento de ressoar os tambores, agitar as casacas e soltar a voz com duas bandas de Congo. A primeira, o “Grupo de TamboresTupiniquim de São Benedito, com os indígenas da histórica Caieras Velha, espalharam o ritmo musical que carrega o nome de um país africano, o Congo, e tem como padroeiro um santo de pele negra. Já a segunda banda, de Vila do Riacho, São Benedito do Rosário, prestou uma grande homenagem à saudosa Rainha Dona Astrogilda, falecida em julho deste ano.
Finalizando o evento, o secretário Moisés agradeceu a participação de todos e pediu união, para que em 2022 o Dia Nacional da Consciência Negra também seja lembrado com ainda mais determinação. “Muito obrigado a todos que nos ajudaram. E que no próximo ano nós estejamos ainda mais unidos e determinados para celebrar mais uma semana de consciência negra e igualdade racial. Devemos respeitar sempre nossas diferenças, pois elas nos tornam um povo único e belo”, finalizou.
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