Secretaria de Educação realiza mesa redonda sobre segurança nas escolas

Publicado em: 12 de julho de 2013
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: O debate contou com representantes de várias entidades públicas que discutiram como a sociedade deve atuar para coibir a violência nas escolas
Secretaria de Educação realiza mesa redonda sobre segurança nas escolas

A Secretaria de Educação da Prefeitura de Aracruz promoveu na noite da última quarta-feira (10/7), no auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Placidino Passos”, uma mesa redonda para debater a segurança nas escolas. A mesa contou com representantes do Conselho Municipal de Educação, da Vara da Infância e Juventude, Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Conselho Tutelar, Corpo de Bombeiros e Centro de Detenção Provisória de Aracruz (CDPA).

 

Segundo o secretário de Educação, Saulo Meirelles, o motivo de promover esse debate é o constante pedido de socorro feito por alunos, professores, diretores e pais, em função da difícil realidade que hoje assola as escolas de Aracruz. Desta forma, o debate procurou entender os principais motivos que levam ao crescimento da violência nas escolas, como o tráfico e consumo de drogas, além de brigas entre alunos e o desrespeito com os educadores.

 

Para o subsecretário de Estado de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, não adianta investir somente em armamentos e policiamento nas ruas. “Hoje a população carcerária do Brasil gira em torno de 550 mil presos - terceira maior população carcerária do mundo - e a tendência é que esse número aumente ainda mais”. Cipriano destacou ainda sobre o crescimento do número de alunos. “Em décadas passadas, tínhamos 20% de crianças nas escolas, hoje temos 90% de alunos em sala de aula, vivendo em um mundo cada vez mais complexo.

 

Segundo o subsecretário, a repressão só não resolve, em muitos casos, quando a criança entra na escola, ela já entra violenta, em função do meio em que vive. Perly Cipriano acredita que a escola evoluiu, porém esta evolução não foi acompanhada pela sociedade. “Não podemos considerar que a culpa da marginalização é da escola, que não dá conta de resolver todos os problemas sozinha”, explica.

 

Com relação ao crescente número de detentos, o diretor do Centro de Detenção Provisória de Aracruz, Claudio Nienke, diz que o município vive uma realidade comlicada. Ele citou alguns números para comprovar sua preocupação. “Atualmente o município de Aracruz conta com uma população carcerária de 380 inclusos, sendo que sua capacidade máxima é de 250. Posso afirmar que 90% desses detentos são pessoas que não foram educadas”, comenta. Para o diretor do CDPA, essa realidade é fruto de uma falência do estado em prestar assistência, atenção e até mesmo amor. Segundo ele, se a família trabalhar junto com as escolas e com o poder público, esse quadro pode diminuir.

 

Usuários

Atualmente, Aracruz possui 40 usuários internados, segundo o Conselho Tutelar. Realidade esta que poderia ser menor se houvesse uma maior participação dos pais dentro das escolas, assim como uma maior inserção das crianças em igrejas, independentemente da religião.

 

Uma outra realidade levantada no debate é que o aluno vive a maior parte do tempo na rua e não na escola. Desta forma, a escola, que é um espaço de conhecimento formal, depende do apoio de cada representação de poder na sociedade, pois a abordagem de um ser humano é um fator delicado e deve ser feita com um profundo respeito e atenção.

 

 

Mais informações:

Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Aracruz

 

Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Aracruz

Renato Lana
rfaria@aracruz.es.gov.br

 

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