O agricultor Dirceu José Laporte tem esperanças de que o aporte financeiro de quase R$ 2 mil à Cafeicruz traga melhorias diretas para os pequenos produtores de café da região. Com roupas gastas, olhar preocupado, mãos grossas e machucadas, Dirceu é a prova viva de como é difícil e árduo tirar o sustento do campo. Ele, o governador Renato Casagrande e o prefeito Marcelo Coelho participaram, na última quinta-feira (03/10), da assinatura do convênio para a reestruturação da Cooperativa Agrária dos Produtores da Região de Aracruz (Cafeicruz).

O convênio é fruto de parceria entre o BNDES e o Banco do Brasil dentro do conjunto de ações do Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), programa do Banco do Brasil. O aporte financeiro de R$ 1.923,614,00 , não reembolsável, visa a reestruturação da Cooperativa Agrária dos Produtores da Região de Aracruz (Cafeicruz), que receberá máquinas de beneficiamento, selecionadora eletrônica, ensacadeira, máquina de costura e ganhará mais um armazém para estocagem de café.

O BB mostrou à Cooperativa a possibilidade de buscar investimentos para a reestruturação dela, foi então feito um projeto, apresentado ao BNDES, que viabilizou a verba. Após três anos de análises, vistorias e relatórios a Cafeicruz foi agraciada com a quantia.

O prefeito Marcelo Coelho, muito elogiado pelos cafeicultores pelo seu trabalho em prol da categoria à época como deputado estadual, garantiu que o homem do campo não vai ser esquecido em sua gestão. Ele lembrou das dificuldades enfrentadas pelo próprio pai como pequeno produtor rural na década de 60, na região de Aracruz.

“É preciso incentivar a prática da agricultura familiar e apoiar as cooperativas pelo precioso amparo dado por elas sobretudo ao pequeno agricultor”, informou Marcelo. Ele está certo de que esse aporte financeiro vai resultar em ganho e produtividade para os cafeicultores de Aracruz. “O desenvolvimento da agricultura em nosso município é prioridade em meu governo”, falou.

O governador Renato Casagrande pensa semelhante ao prefeito Marcelo Coelho em relação à importância da agricultura como geração de renda e arrecadação para o estado. “Vamos ampliar as linhas de crédito para os que vivem do campo”, contou. Casagrande informou que em dois anos de mandato, 1.136 equipamentos foram doados para o homem do campo.

Ele tem a certeza de que o crédito dado à Cafeicruz vai gerar mais produtividade e tornar os cafeicultores de Aracruz mais competitivos. “O café é um produto de relevância no mercado mundial, daí a importância de investirmos cada vez mais em sua produção”, disse. Casagrande falou também que a agricultura familiar não vai ser esquecida e está na pauta dos projetos da Secretaria Estadual de Agricultura.

Em meio a presença de quase 200 pessoas, incluindo o vice-governador Givaldo Vieira, o vice-prefeito Anderson Guidetti, 12 vereadores, secretários municipais e estaduais, além de empresários, cafeicultores e profissionais de mídia, o agricultor Dirceu passava desapercebido. Ele confessou não compreender muito o impacto daquela solenidade em seu trabalho, mas espera que seja para melhor.

Dono de 20 hectares de terra, na região de Guaraná, Dirceu subsiste da agricultura familiar há mais de 30 anos, cultivando milho, feijão, banana, mandioca, além de produzir farinha e também café, que rende 250 sacas por ano. “A situação do cafeicultor está muito ruim, pois o preço da saca está muito baixo”, falou. Ele explicou que o lucro do café mal dá para pagar os custos de produção. “Não está valendo a pena cultivá-lo, pois é muito trabalho para pouco resultado”, lamentou.

Torço para que esse dinheiro ajude a melhorar a nossa produção de café e faça o preço da saca subir”, falou. Apesar das dificuldades tem esperança de que as coisas melhorem e para isso conta com a ajuda do prefeito Marcelo Coelho. “Creio que agora ele pode ajudar mais nós agricultores, já que ele tem uma secretaria voltada para isso”, finalizou.

Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Aracruz  
Marcelo Rebelo
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