3º Encontro da Ação Saberes Indígenas na Escola tem como temática a "Cartografia Social", uma abordagem metodológica e instrumento de luta e resistência para os povos originários
Aconteceu na manhã deste sábado (6), na Cabana Central da aldeia de Comboios, o terceiro encontro da ação Saberes Indígenas na Escola. O evento, que foi a última etapa da formação continuada em 2025, é desenvolvida com os professores indígenas e professores da Ufes, que fazem parte desse projeto do Núcleo Ufes (Asie/Secadi/MEC), teve como temática a "Cartografia Social", uma abordagem metodológica e instrumento de luta e resistência para os povos originários.
Estiveram presentes o prefeito Dr. Coutinho, a secretária de Gestão Estratégica (Seges), Jeesala Coutinho, a técnica pedagógica do Setor de Educação Escolar Indígena (Semed), Andréa Cristina Almeida, o secretário de Estado da Recuperação do Rio Doce (Serd), João Guerino Balestrassi, a Dra. Ozirlei Teresa Marcilino (CE/Ufes), além dos caciques Alair, de Comboios e Gilmar Coutinho, da aldeia Córrego do Ouro, a diretora da Emefi Dorvelina Coutinho, Larissa Duarte Florêncio, dentre outras autoridades acadêmicas.
O encontro, que completou 11 anos em 2025, foi uma grande pauta acadêmica, pedagógica e de formação junto à comunidade, reunindo representantes das etnias Tupiniquim, Guarani, Pataxó e Xavante. A coordenadora do projeto pela Ufes, Dra. Ozirlei Teresa Marcilino, abriu as falas das autoridades presentes destacando o corpo acadêmico que compõem o Saberes Indígenas na Escola.
“Hoje encerramos esta etapa de 2025 desse programa de formação de professores, coordenado por mim (Ufes) e por um representante do território, a Técnica Pedagógica Andréa Cristina, além das secretarias de educação do estado (Sedu) e de Aracruz (Semed), com as professoras Márcia e Alzenira. Contamos com cerca de 75 professores indígenas e orientadores de formação que estão conosco nessa produção de materiais pedagógicos, sendo esta, uma parte de nossa equipe vinculada à pró-reitoria de extensão da Ufes”, disse.
A técnica pedagógica Andréa Cristina destacou a importância do território na formação dos indígenas. “É com muita alegria que estamos aqui hoje encerrando mais uma etapa desse trabalho de fortalecimento da educação escolar indígena Tupiniquim e Guarani. Começamos e terminamos dentro do território, pois é nele que a gente se fortalece e busca os conhecimentos dos nossos ancestrais, determinantes nesse processo formativo dos professores e de nossas crianças e adolescentes matriculados nas escolas indígenas".
Andréa ainda lembrou das parcerias com as secretarias envolvidas na implementação dos programas de formação inicial e continuada nos territórios indígenas. “Gostaria de reforçar muito, que o ‘Saberes Indígenas na Escola’, a ‘Pedagogia Intercultural Indígena (PIINDI)’ e a ‘Licenciatura Intercultural Indígena (Prolind)’ são processos formativos importantes na qualificação e no fortalecimento da ação pedagógica do professor, frutos de uma conquista do movimento indígena em diálogo com as secretarias de educação e da Ufes, caso contrário não conseguiríamos implementá-los nas comunidades”, completou.
Encerrando as falas das autoridades, o prefeito Dr. Coutinho lembrou de sua infância na aldeia Comboios e agradeceu as parcerias que agem no fortalecimento da educação indígena. “Vou resumir minha fala em três palavras, que são gratidão, respeito e solidariedade. Na minha infância vinha muito aqui com minha mãe para brincar e fazer tapioca, me considero um indígena, pois sou afrodescendente, sendo também criado nas aldeias de Pau-brasil e Comboios. Hoje, como prefeito de Aracruz, vendo esse movimento, que faz com que a cultura indígena cresça ainda mais, com todos estudando e melhorando seus conhecimentos, me deixa muito orgulhoso. Todos vocês têm meu respeito e merecem ser reconhecidos. Parabéns a todos”, destacou.
Dando sequência às ações do encontro, as professoras Marli da Penha Vieira Gomes (Marli Tupinikim) e Liliane Moreira Bringmol, que lecionam no curso de Pedagogia Intercultural Indígena (PIINDI), trataram da temática "Cartografia Social", uma abordagem metodológica e instrumento de luta e resistência para os povos originários.
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