Cultura Indígena: Prefeitura é parceira do Projeto do Centro Cultural Tupiniquim em Aracruz

Publicado em: 27 de abril de 2016
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: SECOM
Cultura Indígena: Prefeitura é parceira do Projeto do Centro Cultural Tupiniquim em Aracruz

O secretário Municipal de Turismo e Cultura, Helder Tabosa Delfino, cumpriu nesta terça-feira, 26/04, uma agenda de trabalho em área dentro da aldeia Caieiras Velha, onde um grupo de índios dá prosseguimento a construção do Centro Cultural Tupiniquim, uma ideia que nasceu, em 2002, com o sonho de criar o projeto de uma Aldeia Temática. As estruturas da cabana memorial, da casa de oração e da casa dos guerreiros estão sendo levantadas, enquanto já foi feita a terraplanagem para o pátio de dança e contação de histórias.

O desafio dos índios tupiniquim é erguer um ambiente organizado e estrutural que gere negócios para a comunidade indígena e se torne exemplo para os demais nove aldeamentos indígenas existentes no município de Aracruz. “A cultura tupiniquim sempre foi de subsistência e de produção de artefatos, como vassouras e peneiras. Queremos mudar isso. E o projeto se apresenta como uma redenção para nós, pois une o resgate da cultura com ênfase na produção de conhecimento e de formação artesanal, a exploração do turismo, o investimento na geração de renda e de trabalho”, destaca Jucelino, um dos coordenadores do projeto do Centro Cultural Tupiniquim.

O projeto foi estimulado no ano passado com a captação de recursos de um edital da Secretaria de Estado da Cultura. Mas requer muito mais investimento pela dimensão da proposta do povo tupiniquim. Uma segunda etapa projeta para a Aldeia Temática a construção de trilhas, um mirante de observação - que também servirá de base para uma tirolesa -, acomodação para hóspedes interessados em viver o habitat natural, a prática de pesca e canoagem no rio Piraquê-açú e inúmeros outros atrativos para receber os visitantes e turistas motivados a conhecer a cultura indígena. 

“A montagem do projeto deve seguir um cronograma de ações até atingir cada meta que esboçaram para a Aldeia Temática. A Prefeitura Municipal de Aracruz está otimista com a ideia e se apresenta como parceira da iniciativa, mas é preciso ligar o projeto ao turismo, visando gerar negócios e renda. A questão já envolveu o Governo do Estado e acabou não prosperado, pois pensavam sempre em saídas de grande porte. Para dar certo, é preciso pensar pequeno e ir crescendo, já que é ilusão depender só de recursos de governos, que estão escassos. O grupo deu o pontapé inicial e sabe que não podem perder mais com esse potencial da cultura indígena”, destaca o secretário Helder Tabosa.

O presidente do Instituto Cocar, índio Ronivaldo, também comunga do pensamento do secretário de que é muito importante pensar pequeno, com os pés no chão, para que o projeto cresça gradual e com firmeza. Segundo ele, o embrião da ideia está em curso e agora, com essa adesão da PMA, através da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, será possível ordenar as etapas de construção. “De imediato, o secretário Helder vai disponibilizar transporte para absorvermos o desenvolvimento feito pela tribo Pataxó, em Porto Seguro, e promover articulação com outros parceiros para aquisição de madeira que vai complementar as estruturas que já estão sendo feitas.

O secretário Helder Tabosa Delfino também afirmou que a PMA vai estudar a viabilidade de custear a cobertura da cabana memorial com piaçava. Lembrou que Aracruz é o único município do Estado que tem essa oportunidade de transformar a cultura indígena em ganho turístico. “Acredito que utilizar a cultura indígena como atrativo econômico é um diferencial competitivo. Por sinal, esse apelo de riqueza da etnia já é reforçado com o uso da temática indígena em nossos portais de acesso e saída do município, recentemente reformados”. 

O encontro, em Caieiras Velha, contou com a presença do vereador Ervaldo Santa Almeida e os demais participantes do grupo voluntário do projeto – Moisés, José Vanderlei, Leonardo, Edivanildo, Helena e José Pego, do representante da Funai, Bruno, do gerente de Cultura Ricardo Hermeto e da coordenadora de Estudos e Projetos Culturais da Semtur, Tatiane Dambroz.

 

Por Ricardo Hermeto Coelho

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