Jones Cavaglieri participa de Audiência Pública sobre impactos da Judicialização das Políticas de Saúde na Gestão Municipal

Publicado em: 09 de agosto de 2019
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: O prefeito Jones Cavaglieri, a Secretária de Saúde Clenir Avanza e o Deputado Estadual Doutor Hércules durante Audiência Pública da Comissão de Saúde
Jones Cavaglieri participa de Audiência Pública sobre impactos da Judicialização das Políticas de Saúde na Gestão Municipal

Aconteceu nesta quinta-feira (08/08), às 17h, no Plenário Dirceu Cardoso da Assembleia Legislativa em Vitória, uma Audiência Pública da Comissão de Saúde para avaliar a discussão promovida pela ABRAS – Associação Brasileira de Advogados em Saúde, que debateu os Impactos da Judicialização das Políticas de Saúde na Gestão Municipal nas Regiões Metropolitana (Vila Velha), Central e Norte (Aracruz) e Sul (Cachoeiro).

O prefeito Jones Cavaglieri e a Secretária de Saúde Clenir estiveram presentes representando Aracruz durante a audiência, que mostrou que as cidades do Espírito Santo já gastaram R$ 138 milhões de reais por terem cumprido mais de 12 mil demandas judiciais somente no ano de 2018, o que trouxe problemas às prefeituras dessas cidades em função da falta de verbas para atender essas demandas.

“Os prefeitos estão desesperados porque nem sempre temos os recursos e somos obrigados a cumprir, em poucas horas, uma determinação judicial. Para se ter uma ideia, no ano passado nós fizemos uma reserva de R$ 500 mil no orçamento justamente para atender as demandas da judicialização, porém gastamos R$ 800 mil a mais, totalizando R$ 1,3 milhão. Em função disso, tivemos que fazer um remanejamento de outras pastas, o que também desorganizou nosso orçamento e trouxe dificuldades para toda a administração”, disse Jones Cavaglieri.

Aracruz recebe, em média, dez ordens judiciais por dia para fazer o atendimento médico-hospitalar e fornecer remédios. “São determinações que o gestor tem de cumprir em questão de horas, pois caso contrário, corremos o risco de ser preso, o que nos causa agonia e desespero”, afirmou Clenir. Esses dados apresentados foram coletados a partir de audiências anteriores, realizadas no primeiro semestre na Grande Vitória (Vila Velha) e nas regiões Sul (Cachoeiro de Itapemirim) e Norte (Aracruz), quando foram feitos relatos de autoridades, gestores e usuários que fazem a gestão e utilizam o SUS no Espírito Santo.

7º Congresso Brasileiro Médico e Jurídico
Todas essas informações serão transformadas em relatório para apresentação no 7º Congresso Brasileiro Médico e Jurídico, a ser realizado de 16 a 18 de setembro, em Vitória, cujo objetivo será analisar o cenário atual, com foco na saúde pública, visando fortalecer o SUS e criar meios de apreciação de demandas na área da saúde.

A Judicialização no Brasil
Com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil conta atualmente com mais de 1,3 milhão de processos tramitando sobre o direito à saúde, sendo 500 mil processos em primeira instância, o que faz com que a união, estados e municípios tenham uma grande despesa.

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