Vozes do Caps: jornal que mostra a transformação de vidas e renova a esperança dos usuários

Em um cantinho especial de Aracruz, onde a saúde mental ganha voz, cor e vida, nasceu o Jornal Vozes do Caps. Mais do que um simples informativo simples, mas cheio de significado, é um reflexo de lutas, superações e, acima de tudo, de autonomia. Na sua 2ª edição, o jornal já se tornou um símbolo de resistência e protagonismo, construído pelas mãos, ideias e corações daqueles que fazem do Caps II um lugar de acolhimento e transformação.
O Jornal Vozes do Caps foi idealizado e desenvolvido pelas estagiárias de Terapia Ocupacional da Ufes. A ideia do jornal surgiu como um sonho coletivo. Durante os últimos meses, profissionais e estagiários de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se reuniram para dar vida a esse projeto. "Depois que a 1ª edição foi elaborada e divulgada digitalmente, os usuários ficaram empolgados e sempre perguntavam quando sairia a 2ª edição, mostrando interesse de ver os projetos feitos nas oficinas inseridos no jornal”, conta Isabela Gomes Bastos, uma das participantes do grupo. "O jornal não é só um papel com notícias, é marca da potência que o cuidado em saúde mental que acreditamos representa”.
A secretária de Saúde (Semsa) Rosiane Scarpartt falou sobre a iniciativa com entusiasmo. "O jornal é a materialização de um cuidado que vai além do tratamento convencional. É um espaço onde as pessoas se reconhecem, se expressam e se fortalecem. Isso é saúde mental na prática, é cuidar da alma. Ver projetos como esse me enche de orgulho. É a prova de que, quando damos voz às pessoas, elas transformam não apenas suas vidas, mas toda uma comunidade”.
O jornal é fruto de vivências coletivas e individuais que acontecem no local. Todas as quintas-feiras, a oficina de ambiência transforma o espaço em um verdadeiro espaço de cuidado. "Cada quadro, cada desenho, cada palavra escrita no jornal carrega um pedaço de quem passou por aqui", explica Dévelyn da Silva Bastos, estudante de Terapia Ocupacional. "É uma forma de ampliar a atenção dentro do espaço físico para que consista uma relação mais humanizada com a saúde do outro, focado em conforto, produção de subjetividade, bem como potencialização da reabilitação psicossocial."
E as histórias não param por aí. O grupo da Gestão Autônoma da Medicação (GAM), que acontece todas as segundas-feiras, é um espaço de troca de saberes e experiências. “Foi muito satisfatório ver o desenvolvimento do GAM, promovendo o reconhecimento nos usuários sobre as várias dimensões da vida, para além de estar doente. As atividades desenvolvidas buscaram não somente ressignificar a palavra medicação, mas também fortalecer vínculos e dar protagonismo”, compartilha Dinákezia Almeida. Já o Clube do Teatro, realizado às terças-feiras, tem sido um verdadeiro sucesso.
"A terapia ocupacional é sobre construir autonomia, sobre lutar contra os estigmas e as limitações que a sociedade impõe. E é justamente esse protagonismo que emociona e inspira ", explica a secretária.
O Vozes do Caps é mais que um jornal. É um grito de existência, um abraço coletivo, um farol de esperança. E, como bem disse a secretária de Saúde, "enquanto houver vozes para ecoar, o Caps será um lugar de cura, de arte e de amor."
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