Projeto “Homem que é Homem” é lançado em Aracruz

O plenário da Câmara Municipal recebeu na tarde da última quarta-feira (17/10) o lançamento do Projeto “Homem que é Homem”, uma ação da Polícia Civil em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho da prefeitura de Aracruz (SEMDS). A solenidade contou com as presenças do prefeito Jones Cavaglieri, secretários municipais, vereadores, do Subsecretário de Integração Institucional, Sr. Sérgio de Almeida Melo, da Subsecretária de Estado de Cidadania e Inclusão Social, Gracimeri Vieira Soeiro de Castro, além de autoridades da Polícia Civil do Espírito Santo.
No início da cerimônia foi lida uma carta intitulada “Como eu matei minha filha”, contando a história de um pai que criou sua filha dentro de uma doutrina machista, moralista e considerada natural, desumanizando a figura feminina, o que levou a filha a reproduzir as falas e conceitos de quem a criou.
A Secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Rosilene Filipe dos Santos Matos abriu as falas das autoridades dando as boas vindas e comentou sobre o projeto. “Boa tarde e muito obrigado pela presença de todos. A gente já pensava em implantar o projeto Homem que é Homem em Aracruz desde o início de nossa gestão em 2017. Agora em 2018, com a renovação de nosso corpo técnico do Creas, tivemos essa grande conquista para nossa cidade. Quero aqui externar meu agradecimento a essa equipe que tão prontamente abraçou o projeto indo nas cidades onde ele já existe. É importante ressaltar que esse trabalho visa a desconstrução de conceitos pré existentes na nossa sociedade que é muito machista. Por isso é muito importante trabalharmos isso de uma forma geral em nossa comunidade”, ressalta.
Em seguida a delegada Amanda da Silva Barbosa, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher – DEAM, de Aracruz falou da satisfação em receber esse projeto. “Estamos falando de uma ferramenta maravilhosa e que nos fez sentir muito felizes. Trata-se de uma grande responsabilidade. Posso afirmar que estamos todos engajados para fazer ele dar certo. Que essa nossa parceria perdure por anos e anos, muito obrigada”, comemora.
Termo de Cooperação Técnica
Após as falas das autoridades o Delegado Geral da Polícia Civil do ES, Dr. Guilherme Daré de Lima entregou ao prefeito Jones Cavaglieri o Termo de Cooperação Técnica assinado pelas instituições responsáveis pelo desenvolvimento do projeto “Homem que é Homem.
“Homem que é Homem”
Lançado em 2015 e idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil, o projeto “Homem que é Homem” foi desenvolvido para contribuir para a redução do índice de reincidência de violência contra a mulher, promovendo a prevenção por meio da construção de recursos e habilidades não violentas nas relações interpessoais, especialmente com os cônjuges e familiares.
Ele é direcionado a homens que cometeram atos de violência doméstica. Sua metodologia de trabalho acontecerá em sete ciclos em 2018 e 2019. Composto de encontros semanais, sempre as quartas-feiras, das 19h às 21h, no auditório do Creas, serão desenvolvidas atividades como rodas de conversa, palestras, dinâmicas de grupo, debates, apresentações de vídeo dentre outras.
Pioneirismo
Diferentemente do que acontece nas cidades já contempladas pelo projeto, onde o agressor somente é convidado a participar desses encontros semanais, em Aracruz aqueles que forem denunciados nos Distritos Policiais de atendimento à mulher serão intimados e convocados para participar desse ciclo de palestras com temas voltados para a desconstrução de ideias sexistas e machistas, a fim de estimular formas pacíficas de lidar com os conflitos.
As reuniões acontecem uma vez por semana e totalizam seis encontros, incluindo a de apresentação do projeto. Estes homens participam de encontros organizados pela equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, em parceria com uma equipe psicossocial da Polícia Civil. Eles acontecem por meio de intimação judicial, e em cada um são apresentados conceitos para uma cultura de respeito e não violência.
Os temas abordados contemplam relações de gênero, formas pacíficas de lidar com os conflitos, identificação e reflexão a respeito das violências nas relações, bem como aspectos relativos à relação familiar, propondo pensar o espaço subjetivo ocupado na família como um lugar democrático de convivência.
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