O último diagnóstico da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (SEMDS) sobre a população em situação de rua no município de Aracruz revela que atualmente 16 pessoas encontram-se nesta situação, sendo que dessas, 10 são acompanhadas pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado e Famílias e Indivíduos (PAEFI).

“É um serviço de orientação e acompanhamento de famílias que possuem um ou mais indivíduos em situação de vulnerabilidade, como ameaça ou violação de direitos. O objetivo é preservar e fortalecer os vínculos familiares e com a comunidade e fortalecer a função protetiva das famílias”, explica a secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Rosilene Filipe dos Santos Matos.

O relatório também mostra que a principal motivação para permanência dessas pessoas na rua é a contribuição que recebem da população, como alimentos e dinheiro. De acordo com o diagnóstico tal fato é visto como negativo, já que interfere diretamente no retorno desses cidadãos à sua cidade de origem.

Outro fato constatado durante as abordagens são as declarações de algumas pessoas que habitam as ruas da cidade, que dizem possuir família em Aracruz, mas que preferem ficar na rua durante o dia pois mantém laços de amizade com moradores. “Temos também notificado que alguns casos são recorrentes no serviço, ou seja, as pessoas estão fazendo um “rodízio” entre cidades vizinhas e acabam voltando par Aracruz, por isso a quantidade elevada de pessoas aparentemente em situação de rua”, informa o relatório.

Atendimento Social
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (SEMDS), por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), oferece todo atendimento necessário para garantir a cidadania da população de rua do município de Aracruz.

Por meio do Serviço Especializado em Abordagem Social, pessoas em situação de rua têm acesso a benefícios do Governo Federal, são encaminhadas para exames e consultas, retiradas de 1ª ou 2ª via de documentos pessoais, acesso ao banheiro público, participam de palestras educativas e, em alguns casos, são contemplados com auxílio passagem para retornarem à família.

No Centro de Referência Especializado de Assistência Social a população de rua recebe o atendimento necessário, retiram o Kit Higiene (pasta e escova de dente, sabonete, toalha de banho e chinelo) e também participam de palestras educativas.

Além disso, a pessoa em situação de rua, após regulamentar a documentação básica, é registrada no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal. “Toda pessoa em situação vulnerável ou de extrema pobreza, tem direito de ser cadastrada no Cadastro Único e ser beneficiado com o Bolsa Família. E, como a população de rua não possui renda, são grupos prioritários para serem inseridos no cadastro único”, esclarece a assistente social.

Abordagem Social
O mapeamento da população de rua é realizado pela equipe de Abordagem Social do CREAS que, semanalmente, visita os locais que se concentram essas pessoas. “A gente faz o cadastro para identificar de que cidade ela veio e porque está na rua. A partir desse mapeamento, encaminhamos a pessoa para os serviços necessários, como emissão de 2ª vida de documentos ou transporte”, explica a assistente social, Simone Braga.

Ainda de acordo com o relatório, os lugares comumente visitados são: Mercado Municipal, Prédios públicos, Postos de Gasolina, Rodoviária de Aracruz, Orla de Barra do Sahy e praça central.