Agricultores de Aracruz participam de palestra sobre clima e crise hídrica

Publicado em: 12 de janeiro de 2017
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: O engenheiro agrônomo Henrique Lobo Gonçalves alertou os produtores rurais quanto à necessidade de preservar nossas nascentes e conservar a água
Agricultores de Aracruz participam de palestra sobre clima e crise hídrica

Na tarde desta quarta-feira (11/01), o auditório do Saae recebeu agricultores de Aracruz e região em uma importante palesta: “Clima e Crise Hídrica. O que faremos com a agropecuária”? O evento contou com a presença do Vice-Prefeito Lúcio Zanol, representando o prefeito Jones Cavaglieri, do Secretário de Agricultura Renato Pereira Sobrinho, do Diretor Presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida e demais lideranças.

A palestra, realizada por meio de uma parceria entre Prefeitura de Aracruz, Incaper, Idaf e Saae, foi proferida pelo analista da Vale-ES e engenheiro agrônomo, Henrique Lobo Gonçalves, cuja proposta foi conscientizar agricultores e população em geral sobre a importância de se economizar água, principalmente em tempos de crise hídrica que vive a cidade e o Brasil.

Antes mesmo do início da palestra, as autoridades presentes falaram em agradecimento e reconhecimento sobre o tema de vasta importância e tamanha grandeza, que é a manutenção e preservação dos recursos hídricos. Marcelo Suzart, Diretor Presidente do Incaper, começou discursando sobre a realidade do atual momento em que vivemos: “Para se ter uma ideia da dimensão dos problemas que poderemos enfrentar, a primeira ação do Governador Paulo Hartung no início de 2015 foi a implantação de um comitê para resolver o problema da falta de água que se agravou no mesmo ano”, e ainda enfatizou: “ainda vivemos em um momento de cautela, apesar das chuvas terem retornado”.

O Secretário de Agricultura, Renato Pereira Sobrinho comentou sobre a nossa atual situação e se animou com o evento: “Me sinto animado com uma reunião desse porte já início do ano para tratar de um assunto de tamanha importância que é a água. Vivemos em um momento difícil, com racionamentos e grande perda na nossa agricultura, por isso tomaremos as medidas cabíveis para contornar essa realidade, e assim para podermos produzir no nosso campo”.

Já o vice-prefeito Lúcio Zanol agradeceu a presença dos produtores que se preocupam com o resultado de suas produções e fez questão de lembrar o racionamento. “A preocupação com a escassez de água é de todos nós. Para se ter uma ideia, já teve início nessa semana o racionamento de água no distrito de Guaraná, e caso as chuvas não sejam suficientes, a previsão é que tenhamos também racionamento na sede dentro de 40 dias”.

 

Clima e Crise Hídrica. O que faremos com a agropecuária”?

Na palestra, o analista da Vale-ES e engenheiro agrônomo, Henrique Lobo Gonçalves começou falando sobre a formação geológica do nosso planeta, com a separação da pangeia e formação dos continentes, afirmando que quem comanda o nosso clima é o sol e os oceanos.

Henrique chamou a atenção dos presentes sobre as características da região onde moramos. “Vivemos em uma área pobre de água subterrânea, por isso temos que cuidar e vivenciar nossas nascentes, se não mudarmos nossa atitude, nossos rios secarão e ficaremos sem água”, comenta.

Seu discurso foi centrado na ideia de como devemos aproveitar o nosso solo para o plantio e reflorestá-lo em pouco tempo, produzindo caixas secas e aprendendo a entender o solo onde exatamente estamos. “Se a gente quiser, tem como fazer. Temos que arrumar um jeito de segurar a nossa água, temos que plantar, temos que recuperar o topo dos nossos morros, que são os divisores de água, que nossa geração possa ser a geração da planta nova”, frisou.

Após seu discurso foi aberto uma roda de perguntas entre os presentes para que todos pudessem interagir e tirar suas dúvidas. Quando perguntado qual é a principal mensagem que deve ser deixada aos produtores rurais e agricultores de Aracruz, o engenheiro agrônomo foi enfático. “Gente, conservem nossas águas, segurem nossas águas, seja construindo barragens, caixas secas, recuperando o topo dos morros, recuperando as nascentes, saibam aproveitar o solo, temos que mudar nossa atitude”, finaliza.

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