Restinga e manguezais do litoral de Aracruz abrigam espécies ameaçadas de extinção

Publicado em: 19 de fevereiro de 2018
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: O Guaiamum, crustáceo que utiliza o manguezal como local de morada e reprodução, está na lista animais ameaçados de extinção, sobretudo devido à caça predatória e à destruição do seu habitat
Restinga e manguezais do litoral de Aracruz abrigam espécies ameaçadas de extinção

Entre o emaranhado das plantas rasteiras presentes na restinga e no manguezal, habitam crustáceos que se mostram amedrontados quando o humano se aproxima. Parecem fugir quando se escondem em suas tocas, localizadas em meio ao terreno arenoso que faz a transição do ambiente marinho para o terrestre. O Guaiamum, um tipo de crustáceo facilmente encontrado no litoral de Aracruz, tem motivos para fugir, já que a espécie está na lista de animais da fauna brasileira que correm risco de extinção.

“Objetivamente, a restinga é importante para o meio ambiente por duas razões: primeiro essa vegetação exerce um importante papel físico-ambiental, constituindo uma barreira para a ressaca do mar, evitando a erosão das praias e na contenção do avanço das dunas. Em segundo lugar, as restingas abrigam importantes espécies de fauna, algumas em extinção, e também da flora, muitas vezes utilizadas para fabricação de medicamentos e até mesmo base para alimentação”, explica o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Wagner Carmo.


Preservação e patrulhamento
Para manter a preservação das áreas de restinga e manguezais em Aracruz, a equipe de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) atua realizando rondas em áreas comuns para a cata de crustáceos, como no caso do Guaiamum.

Em janeiro deste ano, por exemplo, quase 28 armadilhas para captura de Guaiamum foram apreendidas pela equipe. As ratoeiras foram encontradas durante o patrulhamento. “São materiais de uso proibido, já que contribuem na pesca e cata predatória de espécies que estão ameaçadas de extinção, como é o caso do guaiamum”, disse Wagner Carmo.

No Brasil o crustáceo está ameaçado de extinção, sobretudo devido à caça predatória e à destruição do seu habitat. Em virtude disso, várias medidas governamentais vêm sendo tomadas, incluindo a criação de áreas protegidas e a adoção da prática do período de defeso.

Denúncias
Quem flagrar práticas ilegais em áreas de preservação pode entrar em contato com a equipe de Fiscalização Ambiental de domingo a domingo.

Os telefones para denúncias são: 27  9 9971-4462 e 3270 7065.

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