As ações de combate ao mosquito da dengue em Aracruz não param e hoje (31/01) está sendo realizado um mutirão na Barra do Riacho. Até o momento já foram retirados dez caçambas truck de materiais, sendo seis de entulho dos terrenos baldios e quatro de lixo que os moradores coletaram nas residências, além de 5 mil m² de área roçada. O trabalho vai se estender durante toda semana. O mutirão conta com mais de 50 profissionais entre limpeza pública, agentes de saúde ambiental e fiscais de postura. No dia 07/02, o mesmo trabalho acontece nos bairros Jequitibá, Itaputera, Santa Luzia, Novo Jequitibá, na Sede do município. Os serviços estão focados nestas duas áreas por apresentar maior índice de infestação do mosquito, mas as outras localidades de Aracruz também são monitoradas.

Um trabalho realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o Levantamento de Índice de Infestação Rápida do Aedes aegypti (LIRAa), constatou que 90% dos focos em todo município foi encontrado nas residências. Esse dado foi mais um motivo que fez com que dona Denilza Nascimento Loureiro (33), que pegou dengue no ano passado, ficasse ainda mais vigilante na sua casa. “Peguei dengue e fiquei cinco dias internada e foi um sufoco. Tenho muito medo de pegar uma dengue hemorrágica, por isso, hoje já fico bem mais alerta na minha casa e incentivo meus filhos e vizinhos a combater a dengue também, porque só conseguimos combater o mosquito se todos se ajudarem. A Prefeitura está de parabéns pela iniciativa, por informar as pessoas do risco que elas correm se não tomarem providências, que começa dentro de casa. Eu estou fazendo a minha parte”, destaca a marisqueira.

A artesã Maria das Graças de Souza (54) considera a ação muito importante. “Achei ótimo esse trabalho de orientar as pessoas porque em um pequeno descuido que a gente tem em casa, já podemos pegar a dengue. Aprendi hoje com a agente que prevenção é a única maneira de combater o mosquito”. De acordo com o secretário de Saúde, Evilasio Oliveira Costa, “a Prefeitura de Aracruz está vigilante de norte a sul do município, principalmente, nos locais onde estão sendo realizados esses mutirões, já que são essas as áreas onde o risco de acontecer uma epidemia é maior. Estamos em alerta porque a nossa prioridade é cuidar da saúde e não das doenças, pois somente com ações preventivas que a nossa população vai ter cada vez mais qualidade de vida”, destaca.

Nos mutirões, a equipe formada por mais de 30 profissionais é responsável pela limpeza pública, realizada com auxílio de mais de dez maquinários, entre caçambas, tratores, pás carregadeiras e caminhão pipa. Na Barra do Riacho está sendo realizada a varrição, a retirada de entulhos, limpando os terrenos baldios e a coleta do lixo separado pelos moradores nas residências. Onze agentes de saúde ambiental estão na orla intensificando os trabalhos educativos e o bloqueio de transmissão de casos suspeitos. O levantamento feito pela Secretaria de Saúde revela ainda que 40% destes focos do mosquito são encontrados no lixo e 30% nos depósitos móveis (pratos, vasos de plantas, bebedouros, materiais de depósito de construção). Antes de realizar os mutirões, lideranças comunitárias, religiosas e comunidade são sensibilizadas quanto a ação. O encontro com a sociedade civil organizada da Sede será no próximo dia 02/02 no Conspar que fica no bairro Jequitibá.

Quanto aos terrenos baldios, uma equipe formada por seis fiscais de postura da Semit está indo aos terrenos baldios fazerem a identificação do lote e, em seguida, a notificação, na qual o proprietário tem um prazo de até 30 dias para fazer a limpeza do terreno. Caso não seja feita a limpeza, o proprietário é multado e, se a multa não for paga, o valor é adicionado na Dívida Ativa e cobrado no próximo IPTU. Se o dono do lote não o fizer, a Prefeitura providencia a limpeza e o valor desse serviço também será acrescentado na Dívida Ativa. O município desenvolve esses trabalhos, baseado no decreto 17.995/2008, e na Lei 3.143/2008, artigo 530, do Plano Diretor Municipal (PDM), que fazem referência a limpeza de terrenos baldios.

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