Com o objetivo de ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (Semds) e de Saúde (Semsa), profissionais estiveram na manhã desta sexta-feira (8), na Barra do Sahy, com o Consultório de Rua e fizeram a abordagem a seis pessoas. 

Uma equipe multidisciplinar, formada por assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos, levaram para essas pessoas, que possuem dificuldade no acesso à saúde e aos serviços de assistência social, cuidados e informações necessárias de conscientização e humanização para quem realmente precisa. O Consultório é um trabalho humano, significativo e efetivo, no cuidado às pessoas em situação de rua, e faz parte da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).

Todas as seis pessoas abordadas já estão cadastradas no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e são monitoradas pelos profissionais. A maioria das pessoas que vivem hoje em situação de rua não querem voltar para suas famílias ou não aceitam qualquer outro tipo de intervenção. Por isso, o Consultório de Rua existe para que os envolvidos tenham acesso ao que é de direito, com cunho orientativo.

A equipe da Semds realizou a abordagem com orientações, ofertando os serviços de assistência, com o encaminhamento para o aluguel social, retorno para suas famílias, orientação referente a emissão de documentação, benefícios sociais e outros. “O nosso trabalho com a população em situação de rua é de orientação. Na ocasião, oferecemos o aluguel social a um casal que ficaram felizes com a oportunidade. Iniciamos os trâmites e, agora, aguardaremos para que possam realmente aderir. Em nossas abordagens, conversamos muito e buscamos conscientizá-los de que o espaço onde vivem não é adequado para que permaneçam e deixem de ficar expostos”, comentou a assistente social técnica de referência dos serviços, Simone Pereira Braga. 

Já a Saúde realizou a aferição de pressão, glicemia e temperatura, ofereceu tratamento de saúde, testes rápidos, encaminhamento ao CAPS e atendimento compartilhado com médico e residentes, encaminhamento à UPA e atendimento compartilhado com médico. As pessoas que vivem em situação de rua não têm acesso a um local adequado para as suas necessidades e, com isso, os problemas de saúde, por não terem as condições mínimas de higiene, entre outros.

“A nossa equipe atua para oferecer aos cidadãos que vivem em situação de rua os serviços da saúde. Muitos são encaminhados para as Unidades de Saúde após o atendimento preliminar, ali mesmo no espaço onde vivem. Sabemos que, sozinhos, eles não chegariam numa Unidade por medo do preconceito ou rejeição. Os atendimentos realizados frequentemente são primordiais, pois temos a consciência de que a vulnerabilidade os distanciam da rede de serviços de saúde”, comentou a secretária de Saúde, Rosiane Scarpatt. 

Para a secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho (Semds), Iohana Kroehling, oferecer a assistência integral para essa população é, também, levar um pouco de dignidade. “A construção de vínculos por meio do diálogo, dos cuidados e da escuta atenta às demandas existentes entre as pessoas atendidas, são elementos imprescindíveis diante de todos os serviços oferecidos. Muitos aceitam o acesso ao que é de direito, retornam para suas cidades de origem, e estão apenas de passagem na busca de um recomeço. O desafio é combater o julgamento da sociedade, por isso, atuamos para que todos tenham a devida assistência”, disse.