Aconteceu na manhã deste sábado (9), no Auditório do Campus Ifes Aracruz, a aula inaugural da 2ª oferta dos cursos de aperfeiçoamento em educação ambiental e especialização em educação ambiental do Projeto Rio Doce Escolar. Trata-se de uma ação em rede entre o Ifes, a Fundação Renova, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (Facto), a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) e as prefeituras municipais de Aracruz, Baixo Guandu, Colatina, Marilândia e Linhares, municípios estes que compõem a Bacia do Rio Doce, tendo como órgão executor o programa de pós-graduação stricto sensu em educação, ciência e matemática (Educimat).

A cerimônia contou com as presenças das secretárias de Educação (Semed), Jenilza Spinassé, de Ações Estratégicas (Semae), Jeesala Coutinho, da Assessora Especial da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), Amanda SantaRosa Santos, além do pró-reitor de pesquisas e pós-graduação do Ifes, André Romero da Silva, do Diretor-Geral do Ifes Campus Aracruz, Leandro Bitti Santana, da Coordenadora-geral do Projeto Rio Doce Escolar e do Programa Educimat, Manuella Villar Amado, do Gestor de Projeto de Educação e Cultura da Fundação Renova, Igor Tiago Moreira, da Assessora do Gabinete da Sedu, Ludmila Ibriger, do Coordenador de Pesquisas do Ifes Campus Aracruz Jadielson Lucas da Silva e da coordenadora de Polo Elvira Maria de Souza.

A Coordenadora-geral do Projeto Rio Doce Escolar e do Programa Educimat Manuella Vilara Amado deu as boas vindas às autoridades e aos docentes, destacando os esforços articulados que possibilitaram a realização dessa segunda oferta de cursos. “Obrigada a todos vocês, porque se tudo isso está acontecendo, é porque têm muitas mãos envolvidas. Também queria dar um bem-vindo especial aos cursistas, que a pedido de vocês, estamos trabalhando muito para transformar mais vagas de aperfeiçoamento em especialização. Que nesse evento de hoje, todos se sintam acolhidos, pois preparamos tudo com muito carinho. Estamos aqui hoje para celebrar, com o lançamento de um livro e um momento cultural”, disse.

Essa nova oferta de cursos já conta com mais de 200 professores matriculados, com a participação de 16 mestrandos, oito doutorandos do programa Educimat, que juntos à equipe executora, somam cerca de 200 pessoas envolvidas, formando uma grande rede de educadores ambientais com foco na revitalização da Bacia do Rio Doce em território capixaba.

A secretária de Educação (Semed) Jenilza Spinassé creditou ao Projeto Rio Doce Escolar como algo histórico e que trará resultados importantes para Aracruz. “Hoje para nós é um marco histórico, porque podemos ser referência em uma rede que trata de uma questão importante, que é o cuidado com o meio ambiente. Se estamos aqui hoje é porque acreditamos que a educação é a única forma de promovermos uma transformação da sociedade, e o Rio Doce Escolar, além de aumentar o nosso conhecimento, trará incentivo para que o grupo de trabalho dentro da escola possa aplicar e ampliar essa rede de proteção. Assim, teremos uma Aracruz diferenciada nos próximos anos”, pontuou.

Cada escola envolvida recebeu do projeto cinco vagas para o curso de Aperfeiçoamento em Metodologias de Educação Ambiental, sendo três vagas destinadas a docentes de diferentes disciplinas, uma vaga para um gestor e outra para um representante da comunidade com formação superior envolvido diretamente com ações educativas desenvolvidas na escola. O programa ainda oferta uma vaga para o curso de especialização em Educação Ambiental para cada escola.

Representado o prefeito, a secretária de Ações Estratégicas (Semae) Jeesala Coutinho agradeceu a cada participante que disse sim ao projeto. “Queria cumprimentar cada um de vocês que disseram sim a este projeto e sim a uma nova oportunidade de aprendizado, que nunca termina, porque quanto mais estudamos, mais obtemos conhecimentos e entusiamos. Sabemos que não é fácil, por isso, parabéns pela escolha, e nós enquanto poder executivo, agradecemos por vocês terem aceitado esse novo desafio. Muito obrigada por esse compromisso com a educação em nosso município, pois são vocês que estão lá na ponta com nossos alunos, verdadeiros agentes transformadores. Parabéns!”.

Os atores educativos formarão um Grupo de Trabalho (G.T) para desenvolver ações de educação ambiental (APPA) no chão da escola com a temática ambiental da Bacia do Rio Doce, no contexto de um projeto de extensão chamado “guarda-chuva” (PEAE). Cada G.T receberá um fomento de 10 mil reais para auxiliar no desenvolvimento de suas ações na escola. Ao final do aperfeiçoamento e do módulo da especialização, os cursistas produzirão um relato de experiências de sua proposta pedagógica aplicada que será apresentada em formato de banner no próximo "Encontro da Rede de Educadores Ambientais do Projeto Rio Doce Escolar" (EREA).

Como o Projeto Rio Doce Escolar é um curso de formação em nível de pós-graduação de educadores (professores, gestores e representantes comunitários atuantes nas escolas), o Diretor-Geral do Ifes Campus Aracruz Leandro Bitti Santana lembrou quando surgiu o primeiro curso de pós-graduação do Ifes. “Foi em um sábado como este que nasceu nossa primeira pós-graduação, em um curso de extensão com o professor Filipe, pelo Educimat, quando tivemos a ideia de criar a Especialização no Ensino de Ciências, Saúde e Ambiente (Encisa). Quando nos foi enviado o edital do Projeto Rio Doce Escolar, tivemos que reescrevê-lo para poder contemplar o município de Aracruz. O momento de hoje é muito bacana, mas tivemos uma história para poder chegar até aqui, e o que nos trás como potencial como instituição de ensino, é que somos o mesmo Ifes de ponta a ponta, e projetos como este, equilibram a balança, mostrando o que o Ifes faz até mesmo fora do país”, lembrou.

Para finalizar a cerimônia da aula inaugural, o público pôde apreciar o momento cultural com a dupla de cantores Cacá e Renan, com as “Histórias encantadas na Beira do Rio”. A expectativa é que essa segunda oferta dos cursos, em diálogo com as atividades de pesquisa e extensão, possam fortalecer a rede de educadores ambientais, de forma a continuar gerando impactos socioambientais positivos nos territórios das comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão da Samarco, controlada pela Vale e BHP Brasil, ocorrido em novembro de 2015, no município de Mariana (MG).