Setembro Verde: mês dedicado à valorização da inclusão social é encerrado com intensas ações nas escolas da Rede Municipal de Ensino

Publicado em: 30 de setembro de 2025
Texto: Renato Lana de Faria
Imagem: Divulgação
Setembro Verde: mês dedicado à valorização da inclusão social é encerrado com intensas ações nas escolas da Rede Municipal de Ensino

A Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio das escolas da Rede Municipal de Ensino, promoveu durante todo o mês de setembro várias ações voltadas à inclusão social. As instituições de ensino, tanto da Educação Infantil quanto do Ensino Fundamental, se empenharam bastante para levar aos milhares de estudantes muita informação e conscientização quanto à importância de se trabalhar esse tema.

O Setembro Verde é uma campanha nacional de conscientização sobre a inclusão e os direitos das pessoas com deficiência (PCDs). Essa data foi instituída pela Lei nº 11.133/2005, que oficializou o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado no dia 21 de setembro. A cor verde foi escolhida porque o dia 21/09 também é o Dia da Árvore, simbolizando esperança, renovação e a necessidade de uma sociedade mais justa e acessível.

E como forma de oferecer ainda mais condições para que os professores pudessem trabalhar com mais afinco nas salas de aula, o Setor de Educação Especial Inclusiva promoveu um diálogo formativo com o corpo docente, pedagogos e diretores da educação especial. A atividade foi mediada pela professora doutora Giselle Lemos Schmidel Kautsky e teve como tema central o “Desemparedamento da Educação Especial”, proposta que convidou a romper com o confinamento das crianças, ampliando e integrando os espaços de aprendizagem com a natureza e o território ao ar livre, especialmente no contexto da inclusão.

“Durante esse mês, sabendo de nossa responsabilidade, nosso propósito foi justamente oferecer mais visibilidade às questões enfrentadas pelas pessoas com deficiência, e para isso, tínhamos que fomentar a inclusão social, com oportunidades iguais para todos. Desta forma, pudemos ampliar a discussão sobre acessibilidade nas escolas e nos espaços públicos. Temos que combater o capacitismo e o bullying, o preconceito que subestima ou infantiliza pessoas com deficiência”, destacou a secretária Jenilza Spinassé.

A pedagoga responsável pelo setor de Educação Inclusiva da Semed, Andresa Angela Pandolffi Santos, lembrou que o capacitismo e bullying podem se manifestar de diferentes formas, e que essas atitudes, independente de como são manifestadas, machucam a pessoa e podem isolá-la ainda mais. “Estamos falando de atitudes que reduzem uma pessoa à sua deficiência, tratando-a como ‘incapaz’ ou “inferior” . Isso pode aparecer em frases como ‘ele é especial’ ou ‘coitadinho”, podendo se manifestar em exclusões, apelidos, risadas, imitações ou até na omissão de convites para brincadeiras e trabalhos em grupo. Essas práticas machucam, isolam e reforçam barreiras invisíveis. Por isso, o papel da escola é interromper essas atitudes e ensinar sobre respeito e empatia”, explicou.

O papel das escolas e dos professores
Vale ressaltar que o papel das escolas e dos professores é acolher e garantir que todos os estudantes se sintam pertencentes e valorizados. E para isso é necessário uma adaptação pedagógica, o que possibilita a flexibilização de atividades, materiais e avaliações quando necessário. Para promover a acessibilidade é necessário rever posturas, evitar estereótipos e promover o convívio respeitoso. “Os alunos aprendem muito mais com as atitudes dos professores do que com discursos, por isso, a parceria com famílias e equipe de apoio são fundamentais”, completou Andresa.

O Setor de Educação Inclusiva da Semed acredita que cada aluno tem uma potencialidade única, sendo assim, a escola se torna um espaço para ele aprenda no seu ritmo, sendo a diversidade, um fator que enriquece a convivência, e o professor tem o poder de transformar a sala de aula em espaço de empatia, solidariedade e respeito.  

Compartilhe essa notícia:

Galeria: