3ª Reunião Geral do PSE fomentou a promoção da saúde bucal

Publicado em: 30 de abril de 2024
Texto: Renato Lana de Faria
Imagem: Renato Lana
3ª Reunião Geral do PSE fomentou a promoção da saúde bucal

A Prefeitura de Aracruz, por meio das Secretarias de Assistência Social (Semas), Educação (Semed) e Saúde (Semsa), promoveu na manhã desta terça-feira (30), no auditório do Ifes, a 3ª Reunião Geral do Programa Saúde na Escola (PSE). O evento, destinado a gestores escolares, representantes da saúde, técnicos do CRAS e equipe de psicossociais (PAS), teve como pauta a promoção da saúde bucal, além da apraxia da fala (AFI), um distúrbio neurológico que afeta a condição motora da fala, criando dificuldades na pronúncia de palavras, sílabas e sons.

A secretária de Saúde (Semsa), Rosilene Scarpatti recebeu os convidados e deixou uma fala destacando os avanços do PSE. “É muito gratificante ver todo o êxito que esse programa tem adquirido no decorrer dos anos. Essa integração entre a assistência social, educação e saúde precisa sempre estar se comunicando e se interagindo, porque estamos falando de demandas que permeiam por essas áreas, e ninguém consegue fazer tudo sozinho. Temos que pensar em estratégias em conjunto para que possamos atender nas melhores formas possíveis, pois sabemos que os problemas são inúmeros. Tenho orgulho do PSE em nosso município, porque suas ações tomaram proporções de referência em todo estado”, disse.

A fonoaudióloga da Semsa, Thaís Martins, iniciou os trabalhos falando sobre a apraxia da fala, que segundo ela, já pode se manifestar desde os primeiros anos de vida. “Este assunto está sendo comentado muito hoje em dia. Podemos observar em crianças que já nascem com alguma alteração no órgão fono articulatório, como a língua, lábios ou boca, que pode ser uma desordem neuromuscular”, explicou.

Este distúrbio também pode atingir adultos ou idosos que sofrem, por exemplo, um AVC, porém, quando se trata de crianças, deve-se observar sua fala, e em caso de qualquer alteração, ela precisará passar por uma avaliação fonoaudiológica. “Eu sempre falo que nunca é tarde demais para se ter uma intervenção, mostrando que isso não fará mal para a criança, sendo que não são todas que desenvolvem a fala da mesma forma. Nossa demanda está crescendo muito com relação a esta desordem. Às vezes esses detalhes só aparecem na hora da alfabetização, quando aparecem as dificuldades de escrever, justamente pela troca das letras”, destacou.

A fonoaudióloga ainda disse que, com relação aos alunos da Rede Municipal de Ensino, os que apresentam alguma dificuldade na fala, estes são encaminhados pelas próprias escolas com relatórios. “Os estudantes encaminhados pelas escolas são atendidos por demandas ou grupos, sendo que priorizamos os casos de maior prioridade, para podermos melhorar os resultados”, disse.

No segundo momento da reunião, a dentista da Semsa, Ana Alves de Oliveira, falou sobre a promoção da saúde bucal, o que segundo ela, está inserida num conceito amplo de saúde que transcende a dimensão meramente técnica do setor odontológico, integrando com as demais práticas de saúde coletiva. “O que podemos fazer para melhorar e levar saúde para nossa população? Por que o PSE? Temos que entender que esse encontro de hoje está acontecendo e como a saúde bucal foi inserida na saúde da família. Sei que muita gente desconhece que na década de 80, a saúde para a população mais pobre, era oferecida por meio de casas de caridade. Por isso, o marco da saúde pública, está na constituição de 1988, que implantou o SUS e estabeleceu que a saúde não é questão de caridade, e sim de direito da população brasileira”.

Os agravos bucais mais prevalentes em idade escolar
Ana Alves pontuou que os problemas de agravos bucais em idade escolar estão relacionados à cárie dentária, doenças periodontais e os traumas orodentais. “Apesar da prevalência da cárie dentária ter reduzido ao longo dos anos, como consequência do acesso aos dentifrícios fluoretados, à água fluoretada e a outros meios de exposição aos fluoretos, bem como pelo aumento da oferta de serviços e oferta do cuidado odontológico, esse agravo bucal continua sendo problema de saúde pública de importância nacional, especialmente em populações socialmente vulneráveis”.

O público ainda pôde conhecer detalhes como a cavidade oral e as estruturas da boca, língua, saliva, dentes, erosão ácida dos dentes, agravos como traumatismo na boca e nos dentes, além das técnicas da escovação e os mitos e verdades, como por exemplo, dizer que o flúor é uma forma de proteger os dentes, que a alimentação ajuda ou prejudica a saúde bucal, ou que é preciso escovar os dentes e usar fio dental, para uma adequada higiene bucal.

“A saúde bucal não depende apenas do dentista. Para algumas idades, as técnicas de escovação podem ser executadas pelos pais/responsáveis, profissionais da saúde e profissionais da educação, pois a criança não possui coordenação motora para executá-las sozinha e, consequentemente, não conseguem remover de modo efetivo o biofilme”, enfatizou.

Como parte das ações, nestas semanas, O PSE vem atuando nas escolas, levando aos estudantes toda orientação necessária para uma correta escovação e promoção da saúde bucal, levando profissionais da área, que palestram e distribuem kits de higiene.

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