Educação promove grande ação escolar de combate à violência contra a mulher

Publicado em: 18 de março de 2025
Texto: Renato Lana de Faria
Imagem: Divulgação
Educação promove grande ação escolar de combate à violência contra a mulher

A Secretaria de Educação (Semed) está realizando, durante todo o mês de março, uma grande ação escolar de combate à violência contra a mulher. O evento vem de encontro com a Lei Federal Nº 14.164/2021, que está no calendário da Rede Municipal de Ensino, e que impõe o desenvolvimento de ações de prevenção.

Desta forma, as escolas vêm recebendo palestras sobre o tema com profissionais que levam a pais, mães, responsáveis, professores e funcionários, várias informações e conteúdos explicativos. Esta semana, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef´s) Coqueiral, Nova Santa Cruz e a Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emefti) Itaparica tiveram palestras com o tema: Violência contra a Mulher: o que é? O que fazer?

Ela foi proferida pelo psicólogo da rede, Renato Gonçalves da Silva, que detalhou esses encontros. “Foram momentos bastante importantes. Pudemos discutir sobre a violência contra a mulher, que é definida como uma violência de gênero, e que atinge especificamente a mulher em sua condição. Diante disso, discutimos os diferentes modos de violência descritos na Lei Nº 11.340/2006, que além da violência física, menciona a violência psicológica, sexual, patrimonial e moral”, disse.

Ainda de acordo com Renato, essa conversação com a comunidade escolar tem ampliado a percepção de violência cometida contra a mulher. “Conversamos também sobre o que fazer diante da violência sofrida, se reconhecendo, antes de tudo, como vítima, responsabilizando o seu algoz e não a si mesma. Ela deve procurar apoio em uma amiga ou parente e denunciar por meio de canais como ‘Ligue 180’ ou a ‘Delegacia especializada de Atendimento à Mulher’ (DEAM)”, explicou.

Na noite desta segunda-feira (17), a Emef "Paulo Freire", bairro São Marcos, contou com palestras das polícias Civil e Militar. Pais e professores foram assistidos pela assistente social da Polícia Civil Ângela Maria Martins, que abordou a Lei Maria da Penha, e da cabo Raiane Soares de Miranda e do sargento Fábio Leonardo Santana Nascimento, que apresentaram os serviços oferecidos pela Patrulha Maria da Penha. Os policiais ainda abriram um espaço para sanar dúvidas e ouvir depoimentos.

A Patrulha Maria da Penha do 5º Batalhão de Polícia Militar promove visitas tranquilizadoras às mulheres vítimas de violência doméstica com o intuito de fiscalizar as medidas protetivas concedidas a elas. Esse suporte foi criado em 2016 com policiais especializados e que passaram por um curso justamente para conseguirem atender essas demandas dos municípios de Aracruz, Fundão, João Neiva e Ibiraçu, com as vítimas podendo ser visitadas durante 30 a 45 dias, de acordo com seus interesses.

O diretor da Escola Stherson Dias de Almeida afirmou que não conhecia esse serviço exclusivo, enfatizando a importância de ouvir os profissionais da segurança pública. “Eu, por exemplo, não tinha conhecimento desses serviços ofertados pelo 5º BPM, e é bom saber. Fico muito feliz quando conseguimos trazer pessoas para nos passar várias informações tão importantes, porque eu também aprendo muito. Às vezes, fazemos comparações com o nosso passado, e percebemos que é mais comum do que nós podemos imaginar. Essa visão e conhecimento que nos foram passados podem muito nos ajudar. Quero dizer a vocês, pais, que estou muito feliz em ver a melhora que todos nós conseguimos construir no nosso bairro e escola. Muito obrigado a todos”, finalizou.  

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