Programa Letrix ajuda escolas municipais a enfrentar desafio da alfabetização tardia

Publicado em: 11 de outubro de 2022
Texto: Renato Lana de Faria
Imagem: Secom/divulgação
Programa Letrix ajuda escolas municipais a enfrentar desafio da alfabetização tardia

A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria de Educação (Semed), em parceria com o Programa Letrix – Sistema de Ensino Aprende Brasil – está desenvolvendo nas escolas da Rede Municipal de Ensino uma metodologia completa elaborada para otimizar a leitura e a escrita de forma lúdica e estruturada, ao mesmo tempo. Trata-se de um programa voltado para ajudar a solucionar a alfabetização tardia no município, desenhado especialmente para estudantes que não ainda não adquiriram as habilidades de ler e escrever no tempo correto.

Segundo o dicionário Houaiss, a língua portuguesa tem, atualmente, algo em torno de 400 mil palavras, e quem deseja se comunicar, além da fala, como por meio de livros, documentos e outros registros, isso exige duas habilidades fundamentais, que são a leitura e a escrita. Para os estudantes, essas habilidades são de fundamental importância para o sucesso de suas vidas, o que de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei (13.005/2014), esse processo precisa ser proporcionado e consolidado até os sete anos de idade.

De acordo com a secretária Jenilza Spinassé (Semed), o programa educacional vem contribuindo de forma significativa para acelerar e melhorar o processo de aprendizagem. “Esse programa já está sendo desenvolvido em 28 escolas de Ensino Fundamental, atendendo aproximadamente 3700 estudantes que não tiveram a oportunidade de se alfabetizar na idade indicada pela legislação. Uma das abordagens do programa que nos chama a atenção é o respeito à fase da vida em que a criança está com atividades direcionadas para esse público”, disse.

Todo esse processo não está relacionado apenas às crianças que não sabem ler nem escrever, mas a uma série de níveis diferentes de aprendizagem, sendo que algumas leem, mas não escrevem, já outras são capazes de ler e escrever, mas não conseguem interpretar o que estão lendo. Em outros casos a criança é capaz de ler e escrever, mas comete muitos erros ortográficos, por isso equalizar o aprendizado nessas duas competências é um desafio complexo para pais e educadores.

Em Aracruz, o programa usa ferramentas como livros didáticos para estudantes e professores, avaliações, leitura guiada, orientações em vídeo e manual digital do professor. “Esse trabalho trouxe um ganho no desempenho da linguagem escrita alinhado aos benefícios da memória da linguagem oral e da compreensão de texto. Diante do que foi trabalhado, notamos que a partir da prática de leitura, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer os mecanismos que ajudam a administrar melhor sua produção, ampliando sua visão de mundo, enriquecendo seu vocabulário, bem como desvendando o universo leitor”, destacou a Coordenadora Municipal do Programa, a professora e pedagoga Dulcinéia Ruy Nossa Ruy.

A professora Suelle Niero Demonier Bastos, do CMEB Honório Nunes de Jesus, conta que o método ajudou a atrair a atenção dos estudantes. “Há muitas imagens coloridas, alfa-jogos, passatempos e textos em formato de tirinhas, histórias em quadrinhos, entre outros. Esses formatos diferenciados tornam o material mais atrativo para as crianças, que demonstram muito entusiasmo para realizar as atividades”, conta.

Uma das maiores dificuldades para alfabetizar crianças mais velhas é o fato de que os métodos são sempre pensados para os mais novos. Há muitos desenhos, atividades e propostas desenhados para quem tem até sete anos. Então, quando uma criança de nove a 11 anos se depara com esse material, imediatamente há um problema de interesse e identificação.

“O material tem muitas atividades divertidas. Eu gosto dos caça-palavras, dos desenhos e das histórias em quadrinhos”, destacou Yasmin Lima Santos, aluna do 5º ano do CMEB Honório Nunes de Jesus. Já Luana Neres Rosa, do 5º ano da EMEF Professora Bárula dos Santos Neves, relatou sua experiência. “Logo no início do livro nós brincamos até com nossos nomes. É muito mais fácil aprender brincando”, afirmou.





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