Dia Nacional da Consciência Negra na próxima quinta

Publicado em: 18 de novembro de 2008
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: SECOM
Dia Nacional da Consciência Negra na próxima quinta

Na próxima quinta-feira (20) será comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra em Aracruz, festejado há 37 anos no país. O evento realizado pela Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria de Educação (Semed), vai acontecer na Câmara Municipal, das 8h às 17h, com várias atividades e apresentações artísticas e culturais, organizadas pelas escolas municipais e estaduais. Na abertura da solenidade em comemoração ao “Dia Nacional da Consciência Negra” estarão presentes autoridades locais e convidados.

O “Dia Nacional da Consciência Negra” é comemorado nacionalmente, mas a data é lembrada como feriado em apenas 224 cidades do país, que tem 5.560 municípios. O dia 20 de novembro foi escolhido desde 1978, como forma de homenagear Zumbi dos Palmares, morto em 1695 e considerado o mais importante líder do quilombo de Palmares (AL), maior e mais importante comunidade de escravos, com população estimada de mais de 30 mil pessoas. Em 1971, o 20 de novembro foi celebrado pela primeira vez no Brasil.

Zumbi: história de luta

Uma das poucas maneiras que os negros tinham para se livrar da escravidão era fugir das fazendas e formar quilombos. Houve vários quilombos em todas as regiões do Brasil. Há mais de 400 anos, os escravos do Nordeste fugiam e iam viver no Quilombo de Palmares, na serra da Barriga, na divisa entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Além de escravos, Palmares abrigava foragidos da Justiça e da violência dos senhores de engenho. A sobrevivência era garantida através da produção agrícola. Fundado em 1597 por escravos foragidos de engenhos, o quilombo deu origem a uma cidade formada por fortificações espalhadas pela mata.

Durante cerca de cem anos, representou um foco de resistência aos ataques da coroa portuguesa. O quilombo também significava uma afronta aos interesses de grandes proprietários de terra, que, além de recuperar seus escravos, queriam evitar que Palmares se tornasse uma referência e resultasse uma motivação para a fuga de escravos. Os fazendeiros, então, pediram ajuda aos militares e bandeirantes para tomar Palmares.

A maioria das pessoas que habitavam a região foi assassinada. Nessa época Zumbi era o líder de Palmares. Ele conseguiu fugir ao ataque dos bandeirantes, mas traído por um de seus principais comandantes foi assassinado em 20 de novembro de 1695, no seu esconderijo em uma emboscada em Pernambuco. O governo português da época mandou decapitar sua cabeça e a expôs ao público na Praça do Carmo no centro de Recife, até a completa decomposição com a intenção de aterrorizar os negros que tentavam fugir do cativeiro.

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