Alemanha de olho em Aracruz

Publicado em: 21 de novembro de 2008
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: SECOM
Alemanha de olho em Aracruz

Os olhos da Alemanha começaram a se voltar para Aracruz. Na manhã da última quinta-feira (20), o consultor econômico, Hartmut Messerschmidt, do Consulado Alemão se reuniu com o vice-prefeito de Aracruz, Jones Cavaglieri, e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Divaldo Crevelin, para conversar sobre as potencialidades do município e os fatores que têm gerado atração de investimentos. A reunião aconteceu na prefeitura.

O consultor econômico, que mora em Berlim, mas também tem Residência em Ponta da Fruta (Sul do Estado), admitiu que o Espírito Santo tem a mesma capacidade que Rio de Janeiro ou São Paulo para abrigar grandes indústrias. De acordo com Hartmut, o município de Aracruz já provou isso, com a Aracruz Celulose e as previsões da Petrobrás. “As grandes metrópoles querem todos os investimentos para si e não gostaram quando eu disse que viria analisar o ES, mas eu não sei o que falta aqui, já que tem aeroporto, centro de convenções, hotéis, riquezas naturais e empresas grandes, além de ter uma linda paisagem. O ES está preparado”, confirmou o economista.

Foram realizados 26 encontros anuais, alternadamente entre Brasil e Alemanha, para estreitar relações e discutir os entraves que dificultam as negociações entre os dois países. O penúltimo “Encontro Econômico Brasil – Alemanha” aconteceu em Blumenau (SC) e o próximo acontecerá de 30 agosto a 01 de setembro do ano que vem, em Vitória. Segundo o representante do consulado, o interesse em Aracruz tem motivos óbvios. “Este município é magnífico, porque tem muitas riquezas e reflete a beleza de um país tropical. Vitória e Vila Velha já se parecem com a Europa e seus grandes prédios, apertados uns entre os outros e verticalizados demais. Aqui é diferente, é fresco, de natureza aberta e faz o estilo das construções alemãs. Aracruz tem um futuro promissor no que diz respeito à localização geográfica, e é visivelmente prodígio em petróleo e gás natural”, disse o consultor.

De olho no gás

O representante do Consulado Alemão revelou interesse em instalar duas fábricas de derivados do gás natural em Aracruz, mas é preciso antes conversar com as partes competentes e analisar as contrapartidas do município. “O crescimento da oferta do GLP tem sido maior do que o das refinarias e, entusiasmados com um município predestinado como esse, os alemães têm grande interesse em desenvolver aqui, a quantidade de metanol e produtos químicos à base de gás natural que o Brasil precisa. É claro que precisamos, antes, discutir as possibilidades com a Petrobrás e entrar em comum acordo. Aracruz pode e é preciso que o município faça uma pesquisa para mostrar as qualificações, profissionais capacitados e incentivos”, explicou.

De acordo com o vice-prefeito, Jones Cavaglieri, o Estado só precisa de mais divulgação. “Realmente, existem lugares bem menores que o ES e que têm grandes indústrias. Nós temos riquezas e muito mais espaço, o que nos torna aptos para abrigar empreendimentos como esses. Felizmente o cenário está mudando, o Estado que antes era visto como a ovelha negra da Região Sudeste, hoje é nacionalmente reconhecido pelo destaque no desenvolvimento. Potencial nós sempre tivemos e chegou a hora de mostrar isso”, afirmou o vice. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Divaldo Crevelin, destacou as qualidades que fazem de Aracruz o lugar ideal para a industrialização. “Nosso município não é apenas beneficiado pela natureza. Além de ter um ótimo porto e ser cortado por ferrovia e rodovias, a administração municipal tem trabalhado para amparar o empresariado de forma completa, com qualificação profissional, como o Sistema Findes, Cefet-ES, Universidade Aberta do Brasil e duas faculdades particulares”, exemplificou Crevelin.

Depois do “XXVI Encontro Econômico Brasil – Alemanha”, que vai expor as intenções e as possibilidades de negócios entre os países, o assunto poderá ser tratado de forma mais detalhada e próximos passos poderão ser definidos. “É justamente nos tempos de crise que devemos procurar alianças com outros países, para não ficarmos dependentes da economia Norte-americana. Tanto é que a China segue esse exemplo e se destaca pelo crescimento recorde em todo o mundo”, enfatizou Hartmut.

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