Famílias do Acampamento Índio Galdino resgatam estilo de vida natural enquanto produzem alimentos saudáveis em Aracruz

Publicado em: 22 de junho de 2021
Texto: Secretaria de Comunicação
Imagem: Chirlei Matias e o filho, no canteiro de hortaliças produzidas sem agrotóxicos.
Famílias do Acampamento Índio Galdino resgatam estilo de vida natural enquanto produzem alimentos saudáveis em Aracruz

Atualmente 71 famílias vivem no Acampamento Índio Galdino, localizado na região do Córrego Bom Jesus, distrito de Jacupemba, em Aracruz. São mais de 200 pessoas habitando e cuidando do território – uma área da Suzano na qual a posse definitiva para a comunidade está sendo articulada com o Governo do Estado.

A população chegou ao local em 2016. Elas moram em casas de lona, de barro e poucas são de alvenaria. São famílias agricultoras. O elo entre elas se forma pelo desejo de resgatar um estilo de vida mais próximo da natureza, ao mesmo tempo que se produz alimentos sem agrotóxicos ou então com uso reduzido deles.

A presidente da Associação de Produção, Comercialização e Prestação de Serviços aos Agricultores da Reforma Agrária, disse que o desejo da comunidade é resgatar a vida e a história do lugar. Exemplo disso é a Capela do Bom Jesus, uma construção de 1.962 restaurada pelos moradores, que hoje realizam missas mensais e reza aos domingos.

Jocimara Batista de Souza explica que a preservação de recursos naturais também é uma das missões do Acampamento Índio Galdino. “Nós cuidamos da natureza, como a água e as áreas de preservação. Trabalhamos pela reconstrução de locais onde existem nascentes. A alimentação saudável faz parte do estilo de vida das pessoas daqui”, disse ela.

Acampamento produtivo


Chirlei Matias dos Santos vive com os filhos e o marido na casa de barro recém-construída. Logo em frente eles trabalham na lavoura. Hortaliças, como alface, couve, repolho, além de mandioca, limão, cenoura, beterraba, pimentão, pimenta e abóbora, são produzidas sem agrotóxicos. “Os alimentos sem veneno são melhores para a saúde, e são alimentos bastante consumidos pelas pessoas. A gente consome, mas também vendemos em uma barraquinha aqui próximo, e a cada quinze dias alguns alimentos são levados para Vitória”, disse ela.

Já Romildo Biancardi, de 55 anos, e a esposa, dona Socorro, fizeram juntos um sistema agroflorestal. Cacau em meio aos pés de banana e coqueiros que estão em fase de crescimento. Couve, café, maracujá, abacaxi, uma extensa plantação de mandioca e até plantas medicinais deixaram o lugar mais verde. “A gente tenta aproveitar tudo e utilizar como adubo. Precisamos fazer floresta para não deixar acabar”, disse Romildo enquanto caminhava pela roça.

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