Escritores de Aracruz contemplados pela lei Aldir Blanc fazem entrega simbólica de seus títulos ao município
A prefeitura de Aracruz, por meio das Secretarias de Turismo e Cultura (Semtur) e Educação (Semed), promoveu na tarde desta terça-feira (20/07), no Shopping Oriundi, com apoio do Coletivo Cultural Forno Mental, uma cerimônia de entrega simbólica dos títulos (livros) de escritores do município contemplados pela lei Aldir Blanc. Estiveram presentes o prefeito Dr. Coutinho, seu vice, Beto Vieira, os secretários Moisés Mercier (Semtur), Jenilza Spinassé Morelatto (Semed), o Coordenador da Biblioteca Pública Municipal, Cedenir Jorge Ceto Junior, além de vereadores, escritores e demais convidados.
Sete livros foram produzidos por oito escritores aracruzenses contemplados pelo último edital da lei, sendo seis deles impressos, e um eletrônico (E-book). São eles: Atravessando o verbo, de Fabrício Queirós; O auto do rio Piraquê-Açu, de Margarete Galvão e Peter Boos; Seleção de versos ríspidos – Poemas incomuns para pessoas incomuns, de Dominiqui Alvez; Aracruz: a urbe amada do poeta, de Rogério Sarmennhi; O canto dos pássaros, de Daniele Loureiro; Anfêmer(a) de Franciely Sampaio e o E-Book: Coqueiral de Aracruz – Histórias que contam a história, de Luiza Medina.
Para fazer a entrega simbólica dos livros que serão destinados às escolas da Rede Municipal de Ensino e Biblioteca Pública Municipal, o que estava previsto no projeto, a prefeitura preparou um espaço respeitando os protocolos sanitários, além de ornamentá-lo a caráter, com amostras de outros mais de 50 livros de autores aracruzenses. O Secretário Moisés fez as falas iniciais justificando a realização do evento.
“No próximo domingo, dia 25 de julho, será comemorado o Dia do Escritor, e por isso, é com satisfação que nós da prefeitura de Aracruz estamos aqui para homenagear aqueles que provocam nossa imaginação e nos alimentam com o conhecimento e a arte. Sejam bem-vindos a esse encontro de escritores”, disse.
Moisés também fez questão de prestar uma homenagem à rainha do Congo capixaba, Dona Astrogilda, que faleceu nesta última segunda-feira (19/07). “Apesar desse momento de comemoração, não nos esquecemos que ontem a cultura de nosso município, do nosso estado e do nosso Brasil perdeu uma estrela para o céu. Dona Astrogilda, um ícone e rainha da banda de congo mais longeva do país, registrada em 1798. Ela teve uma vida cheia de ritmos e história. Uma salva de palmas para nossa eterna rainha do congo”, lembrou.
Em seguida cada um dos escritores foi chamado à frente para apresentar a si e suas obras, que simbolicamente foram entregues a representantes do município, como a secretária Jenilza Spinassé e o prefeito Dr. Coutinho, que aproveitaram e agradeceram aos escritores pelo presente dado ao município.
“Queria cumprimentar de forma especial nossos escritores, que a partir do brilhante trabalho deles, podemos externar a nossos munícipes e estudantes a oportunidade de ampliar o seu conhecimento. O que vocês trazem pra nós nesse momento é de grande importância, sendo essas obras fruto de uma extensa pesquisa. Esses livros farão grande diferença no dia a dia dos nossos estudantes. Parabéns pela valorização desses escritores”, disse Jenilza.
O prefeito lembrou de seu irmão, que também foi escritor. “Fico até emocionado quando lembro do meu irmão, José Maria Coutinho, que foi historiador, escritor e professor na Ufes. Ele escreveu dois volumes sobre a história de nossa cidade e se estivesse entre nós certamente faria parte da academia aracruzense de letras. Parabéns a todos vocês que merecem nosso prestígio pela sabedoria em saber transcrever seus conhecimentos”, pontuou.
O escritor Rogério Sarmenghi, membro fundador da Academia Aracruzense de Letras e autor da obra contemplada “Aracruz, a urbe amada do poeta”, agradeceu à prefeitura e explicou o que o motivou a escrever mais esse título. “Queria parabenizar a prefeitura por esse evento fantástico, sendo que a cultura precisa desse momento e de incentivos, como o do setor público, que é fundamental. Quando essa lei surgiu aqui em Aracruz percebemos que poderíamos tirar um antigo projeto de gaveta, uma homenagem ao Senhor Francisco Corrêa de Amorim, o maior poeta que essa cidade já conheceu. Ele deixou um enorme legado cultural e merecia esse registro. Nossa intenção era produzir um material didático, histórico, para servir aos alunos em sala de aula, além de um presente para ser dado a quem nos visita, por isso quis homenageá-lo”, explicou.
A Lei Aldir Blanc
Após a entrega dos livros todos foram convidados a conhecerem pessoalmente as obras e conversar com os escritores, que deixavam uma mensagem nos livros que eram adquiridos. A Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural surgiu em 2020 com o objetivo de auxiliar trabalhadoras e trabalhadores da cultura bem como espaços culturais brasileiros no período de isolamento social, ocasionado pela pandemia da Covid-19.
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