Histórias de superação e de força de vontade. O Núcleo Social e de Saúde de Prevenção e Apoio às Mulheres Vítimas do Uso Abusivo de Drogas, denominado como Programa Renascer Mulher, criado pela Prefeitura de Aracruz, sob a Lei Nº 4.406/2021 e proposto pela vereadora Etienne Coutinho Musso, reúne diversas histórias de quem travou a batalha contra a dependência química e carrega as lembranças da luta por uma vida mais digna e saudável. Atualmente, cerca de 30 mulheres estão sendo atendidas pela municipalidade.

O Programa é realizado por meio de uma ação integrada das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Social e Trabalho (Semds) e de Saúde (Semsa) visando o fortalecimento das políticas públicas para o enfrentamento ao uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas por mulheres. Com isso, os profissionais envolvidos já contabilizam histórias de quem superou a dependência ou quem está no caminho para mudar de vida. “Uma dessas histórias emocionantes é a de uma mulher que passou por todo o tratamento e conseguiu trazer para os seus braços a sua filha por meio da guarda estipulada pela justiça”, contou a subsecretária da Semds, Gilcinéia Xavier Ferreira.

Apto a receber mulheres que são vítimas do uso abusivo das drogas, o Renascer Mulher atende aquelas encaminhadas pelo Poder Judiciário, Ministério Público, Delegacia da Mulher, Conselhos Tutelares, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos projetos sociais do Município, além das demandas originárias das Secretarias executoras do programa.

O público-alvo vai encontrar todo apoio necessário nos diversos serviços ofertados, como: atendimento psicossocial; oferta de atendimento ambulatorial em espaço próprio e adequado com equipe técnica composta minimamente por psicólogo, psiquiatra e assistente social, além de outros profissionais; orientação a familiares sobre como agir nas situações adversas próprias da dependência química; palestras e atividades que promovam o bem-estar da mulher em todas as fases do processo de autoconhecimento e tratamento; encaminhamento de mulheres vítimas do uso abusivo de drogas para tratamento em clínica, hospital-dia, comunidade terapêutica ou similar quando o tratamento ambulatorial se mostrar ineficaz, entre outros. Em breve terão oficinas de modelagem, corte e costura e pintura em tecido. 

“O trabalho desenvolvido já tem possibilitado ressocialização. A dependência química em álcool e drogas é considerada um problema de saúde pública no país. Os efeitos prejudiciais causados na vida do dependente e dos familiares, trazem reflexos no dia a dia daqueles que se preocupam em salvar essas vidas. O mais emocionante é saber que, de alguma forma, estamos atuando para proporcionar dias melhores para as envolvidas e melhor qualidade de vida”, disse Gilcinéia. 

Para a secretária da pasta, Dileuza Marins, o esforço individual das mulheres atendidas pelo programa é essencial. “Esse é um programa muito importante que resgata vidas, mas que é necessário que haja o compartilhamento de esforços e responsabilidades das mulheres atendidas, da família e amigos para que elas possam retomar o convívio social. É importante ressaltar que o pós-tratamento depende muito de cada mulher. A dependência se alastra rapidamente entre as dependentes sem distinção de sexo, idade, condição social, e outros. Porém, o tratamento só começa quando o usuário aceita a doença e decide por mudar”, comentou. 

Aquelas que tiverem interesse em participar do Programa Renascer Mulher é só procurar voluntariamente o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).

Telefone: 27 3270 - 7433 / 2228 / 2229