A Prefeitura de Aracruz, por meio das secretarias de Assistência Social (Semas), Educação (Semed) e de Saúde (Semsa), realizou na manhã desta terça-feira (27), no auditório do Ifes, a 4ª Reunião Geral do Programa Saúde na Escola (PSE) em 2025. o evento, que teve como tema central a prevenção de acidentes, ocorreu em parceria com o Corpo de Bombeiros e Samu, sendo destinado a diretores, pedagogos, representantes das unidades de saúde, conselho tutelar, centros de referência de assistência social (Cras) e equipe PAS.

A Cabo Fernanda Venturin Fracalossi da 2ª Cia Independente de Bombeiros de Aracruz iniciou sua apresentação falando da lei Lucas (nº 13.722/2018), e do decreto estadual no 5379-r 04/2023, que regulamenta esta lei, tornando obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros para professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. esta lei foi inspirada na trágica morte de Lucas Begalli Zamora, que engasgou durante uma excursão escolar e não recebeu atendimento adequado a tempo.

De uma forma prática, a Cabo mostrou ao público presente como agir e fazer ataduras em caso de ferimentos. Para isso, ela contou com a participação de voluntários que iam à frente para facilitar a representação, como por exemplo, o torniquete, que é usado em lesões muito graves, não podendo ser colocado sob as articulações, devendo fazer pressão para estancar o sangramento. E por falar em sangramentos, ela também destacou os sangramentos nas narinas.

“O sangramento de narinas é muito comum em escolas, e ele não tem uma causa específica, podendo ocorrer em dias de muito calor depois de uma corrida, pois têm pessoas com mais sensibilidade nessa região. Nesse caso, nunca devemos colocar a cabeça da pessoa para trás, pois ela pode engasgar, e sim para frente, pressionando a narina que está sangrando, segurando por alguns minutos fazendo a limpeza”, explicou.

Com relação à proteção de ferimentos, este serve basicamente para evitar a hemorragia, que ocorre tanto nos ferimentos abertos, quanto nos fechados. A militar ainda apresentou conceitos e objetivos de primeiros socorros, as habilidades dos socorristas, como e quando acionar o socorro, avaliação da cena, como imobilizar a vítima e tratar queimaduras, além de diferenciar a convulsão de desmaios, como se proceder em casos de engasgo, de parada cardiorrespiratória, com as massagens em bebês, crianças e adultos.

Fernanda Venturin diferenciou os atendimentos oferecidos pelo Corpo de Bombeiros do Samu, sendo que os Bombeiros atuam em resgates e salvamentos em situações de risco, como incêndios, afogamentos e desabamentos, não contando com um médico e enfermeiro em uma ambulância, por exemplo, já o Samu tem como prioridade o atendimento médico de urgência e emergência, sendo os dois serviços atuam em situações de risco.

Samu Polinorte
Após a apresentação do Corpo de Bombeiros, o enfermeiro do Núcleo de Educação Permanente do Samu - Região Norte do Espírito Santo Davi de Almeida da Silva, na companhia de Marinete Aparecida Delabarba Marim, falou como se dá o atendimento desse serviço, mostrando que regulação médica busca informações seguras para tomar decisões rápidas e assertivas, acionando o melhor recurso para cada caso, como helicópteros, motos e ambulâncias, passando também orientações ao solicitante até a chegada da equipe.

O Samu faz a identificação do solicitante, da natureza do fato, localização e informações gerais sobre a ocorrência. Os profissionais chamaram a atenção para o histórico de violência, situação de risco para a equipe, agressividade no momento, danos no domicílio, porte de armas, auto-agressão ou a terceiros. "Nesses casos é muito importante acionar a Polícia Militar para prestar ajuda quando há esses riscos a outros ou a si mesmo", enfatizou Davi de Almeida.

Os socorristas passaram instruções de como se proceder para chamar o Samu em situações como problemas cardio-respiratórios; intoxicação exógena e envenenamento; queimaduras graves; acidentes/traumas com vítimas; afogamentos; choque elétrico, dentre outros. Finalizando, os servidores que atuam pelo PSE aprenderam que também é crime passar trote para o Samu, podendo a pessoa ficar detida de um a seis meses, de acordo com o Código Penal Brasileiro.